quinta-feira, 8 de maio de 2008

8º PASSEIO PEDESTRE DOS MONTANHEIROS – BAÍAS DA AGUALVA (2007


Por trilhos de lava

Baía da Alagoa da Fajãzinha, da Ferradura, da Furna das Pombas até à Ponta da Selvagem ou Mistérios, foi este o itinerário do 8º Passeio Pedestre dos Montanheiros.

O astro Sol irradiava a ilha de luz, numa manhã lindíssima, o que deixava antever excelentes perspectivas, para a 8ª edição dos Passeios Pedestres, organização dos Montanheiros e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, que conta com a colaboração do Regimento de Guarnição nº1, o qual presta auxílio na área da segurança, mais propriamente na vertente das telecomunicações.A brisa que soprava de noroeste, aos poucos, deu boleia a uma nuvem longa de um tom cinzento muito carregado, desafiando e ameaçando as perspectivas de um passeio virado para o interior.Isto mesmo fez questão de salientar o guia, Paulo Barcelos, no momento que antecedeu a partida para a concentração no Pico da Bagacina, ao descartar praticamente a hipótese Serra de Santa Bárbara.Uma vez todos reagrupados no Pico da Bagacina, deu-se, então, início ao briefing da ordem, onde os receios anteriores foram confirmados, ou seja, a impossibilidade de ir à Serra, bem como a segunda alternativa, Pico Agudo e Pico Alto.Com as condições climatéricas a alterarem-se rapidamente e com a previsão de agravamento ao longo do dia, a solução foi, como alternativa, efectuar um passeio pelo litoral, avançando-se, então, para o concelho da Praia da Vitória, mais propriamente até à maior freguesia daquele concelho e de toda a ilha Terceira, em termos territoriais, com cerca de 35,70 Km2, a Agualva, tendo como destino à baía da Alagoa da Fajãzinha, seguindo pela da Ferradura, Furna das Pombas até à Ponta da Selvagem ou Mistérios.Uma vez imobilizadas as viaturas, e com todo o grupo reunido no briefing da ordem, foi dado a conhecer o tipo de percurso, que começaria por uma pequena parte em estrada, virando-se depois à esquerda, entrando naquilo que vulgarmente se chama uma canada, que levou os caminhantes a uma pequena ribeira em direcção à Alagoa da Fajãzinha.Uma vez lá chegados, Paulo Barcelos teceu algumas considerações históricas sobre o local, em tempos uma zona muito húmida, onde a água doce se misturava com a salgada, reunindo condições ímpares para a plantação do inhame, mas, como sempre, o Homem lá deu a sua mãozinha à mãe natureza, alterando o local, nomeadamente, captando a água do local, através de bombas artificiais para levar o precioso líquido até à rede pública.Deixando para trás a Fajãzinha, e com mais alguns conhecimentos adquiridos, os caminheiros deram início à subida das imponentes rochas por entre trilhos de lava, ladeados pelo verde abundante da tradicional rapa, outrora muito utilizada para acender os fornos de lenha. Outros tempos...Mais acima o grupo deteve-se no miradouro local, tendo por pano de fundo o imenso Oceano Atlântico. Do alto podia-se contemplar toda a área de beleza ímpar da Fajãzinha, onde, uma vez mais, o guia aproveitou para informar os 45 participantes quanto à natureza e formação das Fajãs, ficando-se, por exemplo, a saber que existem três tipos de formações distintas.Depois, ala bote, e foi um tal subir e descer, por entre os imponentes rochedos de formação vulcânica, com altitudes impressionantes, banhados e circundados pelo mar, normalmente, agreste naquelas paragens.Escusado será dizer que toda a imponência desta beleza rochosa jamais passou despercebida à vista de uns e às objectivas de outros, especialmente a baía da furna das Pombas, onde existem três cavidades, devido à erosão marinha, denominadas furna das Pombas, do Nascente e dos Ninhos. Posteriormente, veio o merecido almoço, em plena rocha vulcânica, junto à brisa do mar que ajudou a agudizar o apetite, altura sempre aproveitada para a boa-disposição e troca de impressões, iniciando-se, por fim, a caminhada rocha acima, de regresso às viaturas, terminando mais um passeio pedestre. O próximo evento já tem data marcada, para o próximo dia 1 de Julho, com destino à Serra do Morião.

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