terça-feira, 21 de abril de 2009

2º Passeio pedestre dos Montanheiros Pico do Boi (2009)

Traídos pela neblina

Esta caminhada ficou marcada pelas condições climatéricas adversas, sobretudo a devido à nebulosidade impeditiva de se conseguir um bom visionamento e por uma subida íngreme todo-o-terreno no interior de uma mata que obrigou os pedestrianistas a respirar fundo.

O dia amanheceu em tons de azul, sob o brilho intenso do Sol, deixando a promessa de que este segundo p
asseio, depois da nebulosidade que marcou o primeiro, iria não só aquecer o costado dos caminhantes, como também iluminar as belas paisagens por onde a coluna se deslocaria. Mas, contrariando este cenário de primavera, São Pedro não esteve pelos ajustes, e decidiu baptizar os pedestrianistas logo no arranque da caminhada, através de um chuveirinho intenso e bastinho numa primeira fase, e depois mais espaçoso e ligeiro, para posteriormente fechar as torneiras, mas mantendo a neblina que acompanhou a coluna durante todo o passeio, o que levou mesmo o grupo a contornar o objectivo proposto o Pico der Boi, em virtude da reduzida visibilidade que se registava. Este passeio, teve um grau de dificuldade mais elevado em relação ao anterior, se no primeiro o deslocamento foi fácil devido à inexistência praticamente de obstáculos difíceis de ultrapassar, este foi mais todo-o-terreno com maiores dificuldades, principalmente devido a uma subida acentuada por no interior de uma mata íngreme onde a forte inclinação e o terreno enlameado obrigava a esforços e cuidados redobrados. Chegados ao ponto de partida, os mais precavidos vestiram os impermeáveis e ao inverso do que é habitual, o briefing inicial foi dispensado, optando o guia por iniciar a marcha por uma canada sem grandes problemas, onde a maior dificuldade foram os pedregulhos irregulares, até se chegar a um local mais aberto, onde se deu então o briefing da praxe, onde foi abordado o troçado todo-o-terreno bem como os cuidados a ter. Posto isto, penetrou-se então num trilho estreito, na zona do Cabouco Escuro formando-se uma coluna em fila indiana por entre uma vegetação, onde a tradicional rapa era quem mais ordenava, e que molhada pela chuva, encharcava as calças aos participantes até a uma grande clareira de se poderia ver se as condições o permitissem desde a Vila Nova, passando pelo aeroporto das Lajes até à Praia da Vitória, mas devido à neblina tal não foi possível. Todavia, o grupo deteve-se aí por alguns minutos, para reagrupar, antes de iniciar a descida do Biscoito da Burra até ao pasto Aguilhão, encetando-se seguidamente a subida de mais um pasto de inclinação elevada, caminhando-se pelo bordo do respectivo pasto, até a uma das três nascentes que abastecem a base aérea 4, situada ao fundo do canto superior esquerdo do pasto, local aproveitado não só para visualizar a respectiva nascente, como também para efectuar a habitual pausa para o almoço, um dos acontecimentos sempre muito aguardados pelos participantes. Com a barriguinha mais acomodada, encetou-se a caminhada pela Canada do Silveiro, atravessando-se um curto troço de estrada em pedra antes do grupo se deter à entrada de uma mata, de grande quantidade de vegetação invasora especialmente a roca de velha e altas Faias de onde particularmente, uma se destacava pelas suas dimensões. Aí verificou-se nova pausa para reagrupar, e tecer algumas considerações acerca do grau de dificuldade da subida que se iniciaria a partir dali. Posto isto, prosseguiu-se de forma lenta a referida subida, com os pedestrianistas a encetaram uma autêntica prova de trial pela mata acima, Onde os escorreganços e as quedas fizeram a sua aparição, obrigando alguns a optarem em alguns momentos pela tracção às quatro, utilizando os membros superiores e inferiores para evitar males maiores, subida que terminou com a transposição de uma cerca de arame farpado que deu acesso a mais um pasto. Aqui, nova pausa para reagrupar e sobretudo para respirar fundo e recuperar o fôlego, antes de continuar a marcha, eram bem visíveis as consequências da subida com alguns dos participantes a apresentarem sinais bem evidentes no vestuário, principalmente nas calças que quase mudaram de cor. Percorridos alguns metros, nova subida íngreme relativamente longa, por mais um pasto acima até ao Pico Silveiro, que devido à sua extensão e irregularidade do terreno, deixou grande parte dos caminhantes ofegantes. Devido às condições climatéricas, foi decidido prescindir da ida ao Pico do Boi, pelo que o mesmo foi contornado, iniciando-se posteriormente a descida que levou a coluna até à zona dos Alagadiços, seguindo-se a marcha final até às viaturas, num altura em que finalmente o tempo começava a levantar mas, infelizmente já era tarde de mais, mas mesmo assim, o passeio foi um sucesso, e estas peripécias também fazem parte da natureza e também tem a sua graça.

1 comentário:

karmucaycuquino disse...

que bonito , si tienes un rato te invito a visitar mi blog
un saludo desde españa
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